A guerra colonial também foi uma ruptura em cada um de nós. Deixou-nos muitas interrogações. Foram-nos ensinadas muitas técnicas de combate, algumas de sobrevivência, e só raramente fomos preparados para o regresso à vida civil.
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publicado por Alto Chicapa, em 23.01.10 às 22:19link do post | favorito

Alto Chicapa 1972/74


Havia muitos afrodisíacos naturais. Utilizavam-nos ao mais pequeno sintoma de fraqueza e, em muitos casos, devido ao excesso de mulheres e a uma alimentação deficiente.
 

Nos meus apontamentos registei:
 

A planta Mundundo – Retiravam da entre casca uma espécie de raspas moles de cor avermelhada com as quais faziam infusões. Nós, os europeus chamávamos-lhe o Pau de Cabinda do Leste. A sua acção era tão intensa, que a excitação era capaz de durar toda a noite.
 

As Cantaridas – Um insecto, que depois de seco era transformado em pó. Quando necessário, era misturado numa bebida ou na comida para provocar uma excitação rápida e intensa.
 

A planta Mundonda – A acção afrodisíaca era obtida através da seiva e das raízes mastigadas. Era utilizada pelas mulheres, que queriam ter um maior prazer sexual.
 

A planta Mulolo – As mulheres usavam-na com frequência para receberem e darem mais prazer. A raiz desta planta era usada para friccionar a vagina e ajudar a distender e a dilatar os pequenos lábios e o clítoris.
 

Sá Moço, sendo, ele, consumidor frequente de afrodisíacos naturais, dizia-me com frequência.
- Tudo o que sirva para estimular o pénis (lukutu), excitar a vagina (sundji) ou provocar prazeres múltiplos, é bom, porque um homem ou uma mulher sem desejo, são cadáveres vivos.
 

A seguir - O homem

 

Carlos Alberto Santos

 


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